5.7.05

Novas Exixências

A nova era do conhecimento e a sociedade de informação impõe-nos hoje novas exigências e consequentemente novas abordagens, no que respeita à empregabilidade.

Exigências que passam pelo nível de formação e do perfil profissional, atendendo aos novos modelos de gestão organizacional das empresas e pelo importante papel do Estado.

Urge exigir, sem ambiguidades nem preconceitos, um Estado regulador capaz de assumir politicas inadiáveis, sob pena de colocar em causa o nosso futuro e o das próximas gerações.

Tais politicas têm obrigatoriamente que passar pelas alianças indissociáveis do binómio ensino/investigação com a actividade produtiva, atendendo a prioridades regionais especificas, garantindo desta forma uma mentalidade e uma cultura de Inovação capaz de nos diferenciar e projectar social e economicamente.

É dever do Estado garantir de forma activa e determinada uma verdadeira sociedade do conhecimento, valorizando a aprendizagem ao longo da vida.

Compete ao Estado estimular a iniciativa individual pela procura de formação e na geração de auto-emprego a par de uma politica educativa de rigor e qualidade, alargando e diversificando a oferta do sistema de ensino e de formação profissional.

Devemos seguir, sem receios o rumo traçado pela Estratégia de Lisboa, defendendo uma aposta clara na ciência e nas novas tecnologias, que colocadas ao dispor das pessoas lhes proporcionam um acréscimo na qualidade de vida, gerando eficiência e potencializando a competitividade.

Compete ao Estado estimular politicas activas de criação de emprego, promovendo o tele-trabalho, diminuindo as horas de trabalho e consequentemente garantindo o aumento dos índices de produtividade e mais emprego qualificado.

O Estado, nomeadamente durante os governos de Cavaco Silva, permitiu que a abertura de estabelecimentos de ensino superior proliferasse como cogumelos, autorizando o funcionamento de novos cursos, tantas vezes de duvidosa qualidade científica e desenquadrados da realidade que o mercado de trabalho exigia. Hoje, passados largos anos, sentem-se os efeitos de tais politicas, com o desemprego a afectar milhares de jovens licenciados. Devemos por isso assumir de forma prioritária, a criação de mecanismos mais adequados de incentivo à contratação de jovens quadros em busca do primeiro emprego, sem perder de vista as necessidades estruturais do país assim como as especificidades geográficas.

Contudo, não podemos negar a carência de quadros médios numa perspectiva de qualificação e reorganização do sector produtivo. Por isso, é fundamental valorizar a formação profissional, quer ao nível da aprendizagem, bem como ao nível da formação contínua ao longo da vida.

A Sociedade do conhecimento e da Inovação é uma exigência global. No entanto, para uma região como a nossa, esta é a batalha mais importante e a única capaz de ultrapassar os entraves geográficos e a constante perca demográfica, que ao longo dos anos temos vindo a sofrer.

in www.diariodetrasosmontes.com

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