29.6.04

Percurso de Durão Barroso segundo António Aleixo

Ti, que tanto prometeste

enquanto nada podias,

hoje que podes - esqueceste

tudo quanto prometias...

(Lembram-se do Dr. Durão enquanto candidato a PM?)



Deixam-me sempre confuso

as tuas palavras boas,

por não te ver fazer uso

dessa moral que apregoas.

(Dois anos de desgoverno e embuste do dr. Durão)



Para triunfar depressa,

cala contigo o que vejas

e finge que não te interessa

aquilo que mais desejas.

(Dr.Durão dizia na semana passada não ser candidato a Pres. da Comissão Europeia)



P'ra mentira ser segura

e atingir profundidade,

tem que trazer à mistura

qualquer coisa de verdade.

(A respeito da putativa Presidência da Com. Europeia...coitado teve que MENTIR...mais uma vez...)



Co'o mundo pouco te importas

porque julgas ves direito.

Como há-de ver coisas tortas

quem só vê em seu proveito?

(A Fuga Real do Dr Durão, incapaz de assumir o compromisso com os Portugueses...em nome da sua ambição pessoal e do seu proveito próprio!)



Vós que lá do vosso império

prometeis um mundo novo,

calai-vos que pode o povo

qu'rer um mundo novo a sério.

(ANTECIPADAS JÁ!!!!)



Julgando um dever cumprir,

sem descer no meu critério,

- digo verdades a rir

aos que me mentem a sério!

(TOMA LÁ DURÃO....EMBRULHA!!!)

28.6.04

Legitimidade constitucional versus Legitimidade ética

«Sem um Congresso ninguém tem legitimidade para nomear um novo Presidente do PSD e, por inerência, primeiro-ministro. Tal configuraria um golpe de estado no partido», declarou ao Público Manuela Ferreira Leite.

Costitucionalmente, deparamo-nos com dois caminhos distintos, já que a demissão do Primeiro Ministro, tem como consequência a queda do executivo. Ou o Presidente da República convida o partido mais votado nas legislativas de 2002(PSD) a formar um novo Governo ou dissolve a Assembleia da Republica e convoca eleições antecipadas.
Obviamente, esta é uma escolha constitucional, que só ao Presidente da República cabe optar, no entanto parece-me importante, que este deva convocar o Conselho de Estado e ouvir todos os Partidos com assento Parlamentar.

Deixando uma pequena consideração para reflectir.

Existirá legitimidade politica e ética de fabricar Primeiros Ministros, sem legitimidade conferida pelo voto expresso dos cidadãos eleitores?

A REAL FUGA DE DURÃO

Portugal vive hoje um momento de euforia futebolistica e simultaneamente um momento de "mal estar" politico.
Poderia falar de instabilidade politica, mas não quero antecipar este estado (nem tão pouco o desejo), nem mesmo precipitar sobre a politica a instabilidade social em que há muito vivemos.
Contudo, não poderemos ficar indiferentes perante as noticias que desde sexta-feira tem dominado a actualidade politica Nacional...Durão Barroso (provável) futuro Presidente da Comissão Europeia!
Esta não é porventura uma situação nova, 1999 repete-se com novos protagonistas e atitudes diferentes.
Em 1999 António Guterres teve a mesma oportunidade, de ouro acrescento eu, no entanto o compromisso com os portugueses falou mais alto e recusou. Colocando o interesse dos portugueses e os compromissos públicos acima de qualquer interesse pessoal.
Não querendo eu fugir a qualquer questão, mesmo desviando-me do essencial, enfrento com naturalidade a saida de Guterres no pós-autárquicas 2001.
Em primeiro lugar, o eng.Guterres percebeu que os resultados eleitorais e a derrota do PS tinham um rosto, o Governo e ele próprio. Entendendo ele, que os compromissos se devem pautar por atitudes de mútua confiança e como ele próprio não detinha a confiança dos portugueses, decidiu efectivamente pedir a sua imediata demissão ao Presidente da República. Em segundo lugar, saliento ainda o facto que, quanto a mim, dá ainda mais força a esta interpretação, Guterres saiu do Governo para lugar nenhum!!
Mas, permitam-me ainda uma última nota relativa á atitude de António Guterres. Nessa mesma noite, em que anuncia ao pais a sua demissão, pede ao Presidente da República que convoque eleições legislativas antecipadas, devolvendo aos portugueses o direito legitimo e democrático de escolher quem nos governa.
Ora,analisemos agora o que hoje se passa com o Dr.Durão Barroso.
No plano europeu Durão Barraoso é apontado como o mais provável futuro Presidente da Comissão Europeia. Inicialmente Durão nega ser candidato, e fá-lo publicamente(embora não fechando a porta),num segundo momento e já com esta hipótese mais sustentada, Durão remete-se ao silêncio. Aliás, desde sexta-feira que mantém silêncio absoluto!
No plano estritamente nacional, parece claro, assumir-se que Durão se vai mesmo embora, e é nesta base que assento obviamente a minha análise.
Importa salientar que, há exactamente 15 dias atrás esta coligação sofreu uma histórica derrota eleitoral e que estes dois anos de Governo se têm pautado por uma enorme instabilidade social.
Ora, mediante este cenário, nada fácil para o País nem para o Governo e o seu Primeiro Ministro em particular, Durão Barroso decide dar asas ás suas ambições meramente pessoais, acelerando no País este sentido "mal estar", agravado por aquela que parece ser sua intenção enquanto lider do PSD (e só nesse sentido se pode interpretar tal atitude), indicar ao Presidente da Republica, Santana Lopes para Primeiro Ministro.
Mediante todo este desenrolar, só me ocorre uma forma de classificar a partida para a Comissão Europeia do ainda Primeiro Ministro: "A REAL FUGA DE DURÃO!" .
.

DEmocracia,CIDadania,Opinião

Decidi...

...aderir ao mundo da bloggoesfera
...aprender a fazer cidadania neste mundo virtual
...Opinar!!


...mas nada está decidido...Para além deste poema:


30 anos depois

Trinta anos depois querem tirar o r
se puderem vai a cedilha e o til
trinta anos depois alguém que berre
r de revolução r de Abril
r até de porra r vezes dois
r de renascer trinta anos depois

Trinta anos depois ainda nos resta
da liberdade o l mas qualquer dia
democracia fica sem o d.
Alguém que faça um f para a festa
alguém que venha perguntar porquê
e traga um grande p de poesia.

Trinta anos depois a vida é tua
agarra as letras todas e com elas
escreve a palavra amor (onde somos sempre dois)
escreve a palavra amor em cada rua
e então verás de novo as caravelas
a passar por aqui: trinta anos depois.

Manuel Alegre