29.9.04

Ainda as colocações

Depois de receber este txto por e-mail, através de um amigo meu, resolvi publicá-lo na integra!



Será verdade?
A verdadeira história da colocação de professores in</" target=l>http://causa-nossa.blogspot.com> ( pelo que sei este é o blog do VitalMoreira).Fontes bem informadas, ligadas ao sector das Tecnologias de Informação,garantem-me que a história do flop na colocação de professores é outra.Há largos anos que o suporte lógico era assegurado por umaempresa externa e por um "grupo de ligação" constituído por cincoprofessores do norte do país.Era uma equipa fortemente experimentada e conhecedora dassubtilezas e particularidades técnicas do exercício, anualmente revisto eactualizado para incorporar novas disposições regulamentares. Essa curvade experiência, tão importante nas aplicações "pesadas", permitiu anossucessivos de eficácia e transparência na colocação dos professores doensino público pré-universitário.Já todos nos tínhamos habituado ao início a tempo e horas dasaulas quando,surgida da sombra, uma voz influente de uma empresa "amiga" do PSDconvence o ministro Justino e o seu secretário de estado (a ordem éarbitrária) a "mudar de software", trocando-o por um mais "moderno" e poruma relação contratual privilegiada. Adjudicada a obra, o velho "grupo deligação", que tão bem tinha funcionado anos a fio, é desfeito semexplicações.Entretanto, surgem fortes dúvidas no interior da máquinainterna do ministério quanto à razoabilidade da mudança. De dúvidas,transformam-se em angústias e em certezas quando, em Maio, são divulgadosos primeiros resultados. Um flop total. Alguns dirigentes do ME pressentemque o governo teria fatalmente de encontrar um ou dois bons bodesexpiatórios para o sucedido.O falhanço era demasiado grande para passar despercebido e osmotivosdemasiado gordurosos para poderem ser explicados. O desenlace foi hojeanunciado pelo Expresso. Venceu a incompetência e a irresponsabilidade doGoverno, perderam dois dirigentes públicos que se encontravam no lugarerrado à hora errada.O que se segue foi escrito no forum do Expresso por um tipocom o nick Enra Bador (sugestivo):Conheço bem a empresa que fez o programa Trata-se da Compta,cujo presidente é o meu amigo Vitor Magalhães, pelo que sei o que se passa.Em primeiro lugar o Vitor é padrinho do filho mais velho doBagão Felix.Em segundo lugar, o anterior ministro encomendou o programa etestou-o, tendo verificado que funcionava muito bem.Em terceiro lugar, a nova ministra resolveu mudar a matrizinicial 3 dias antes do arranque do concurso, sabem o que ela quis alterar?Criou um código especial, que desde o momento que fosseanexado a um professor, automáticamente ser-lhe-ia atribuida a escola da1ª. preferência. Um espécie de cunha informática, percebem? Só que aalteração à última hora deu cabo do algorritmo central e bye, bye programa.A pedido de várias familias...Os comentadores deste forúm apelaram para que eu dissesse algomais acerca da negociata Compta/PSDPP, mas pouco mais se pode acrescentar,excepto:- Verifiquem as colocações da Escola EB 2+3 da Murtosa.- Verifiquem as colocações da Escola Secundária Rodrigues deFreitas no Porto.- Verifiquem as colocações na escola Renato Amorim em Setubal.Ou então, verifiquem os pagamento no valor de 325.652,00 àCompta em Maio de 2004, mais um pagamento de 658.321,00 em Julho de 2004,e mais aberrante ainda, o pagamento da última tranche do contrato dedesenvolvimento de 987.325,00 no dia 20 (VINTE) de Setembro de 2004. Maisinformo que o contrato de assitência no valor de 250.000,00 euros anuaistem a duração de 15 anos.Para terminar, informo V. Exªs que o David Justino tem umaparticipação de 30 por cento na Compta através da holding 'Internationalfinancial investiments PLC' com sede nas ilhas Cayman.

24.9.04

Já que se fala em colocação de professores permitam-me que coloque aqui uma carta escrita pelo nosso camarada Sérgio Nicolae de Olhão, endereçada ao Governo.

Sua Excelência Primeiro-ministro de Portugal
Sua Excelência Ministra da Educação de Portugal


Como certamente é do Vosso conhecimento, às 3H30 ( três horas e trinta minutos ) da madrugada do dia 21 ( vinte e um ) de Setembro deste ano de 2004 ( dois mil e quatro ), saiu uma lista de colocação de professores. Dessa lista constava o meu nome e a colocação que me foi atribuída, sendo eu colocado na escola de código 344862, código esse referente à escola EB 2,3 de Castro Marim. Vossas Excelências decerto compreenderão a extrema alegria que para mim significou essa colocação, pelo que foi com grande pesar que tomei conhecimento que, às 4H15 ( quatro horas e quinze minutos ) da mesma madrugada, a referida lista havia sido retirada e substituída por uma curta declaração que dava como inválido todo o processo que conduziu à sua publicação.
Dado que, ao contrário do que é continuamente afirmado pelos membros do Vosso Governo, a vida está verdadeiramente difícil, dado que não pertenço às centenas de pessoas que foram por Vós nomeadas para cargos na função pública e dado o facto de não acreditar que venha a beneficiar de uma reforma milionária como o Vosso companheiro do PSD Mira Amaral ( apesar de ter sete anos de serviço ao contrário dos dois anos que ele prestou na CGD ), venho por este meio solicitar que me seja pago o salário correspondente aos 45 ( quarenta e cinco ) minutos em que estive colocado na escola EB 2,3 de Castro Marim pois esse dinheiro bem falta me faz.
Mais acrescento que, se houver algum problema com o programa informático responsável pelo processamento dos vencimentos, manifesto a minha disponibilidade para me deslocar ao Ministério das Finanças para que possa receber manualmente o que me é devido.

Muito Respeitosamente

Um Professor do 11º Grupo B


PS – Dado o facto de ter usado nesta missiva palavras ou expressões cujo significado vos possa ser estranho, elaborei um glossário que segue em anexo a esta carta. Desse glossário constam as palavras em Itálico.








Glossário

11º Grupo B – Grupo disciplinar constituído pelos professores que leccionam Biologia e Geologia ao 3º ciclo do Ensino Básico e ao Ensino Secundário.
Biologia – Ciência que estuda os seres vivos, os seus processos e as suas características.
Geologia – Ciência que estuda a matéria mineral, os seus processos e as suas características.
Matéria Mineral – Matéria que não apresenta as características dos seres vivos. A matéria mineral caracteriza-se, entre outras coisas, pela completa ausência de inteligência ou de sentimentos, mesmo nas suas formas mais primárias. Um pequeno esclarecimento, apesar de todas as evidências nesse sentido, nem o actual nem a antiga Ministra das Finanças se enquadram nesta definição.
Ensino Básico – Por muito estranho que Vos possa parecer, não está relacionado com o ensino das bases que neutralizam os ácidos. O ensino básico corresponde aos nove anos de escolaridade obrigatória em que são ministrados os saberes e desenvolvidas as competências consideradas como essenciais para o desenvolvimento pessoal, social e cognitivo dos alunos.
Ensino Secundário – Ensino de cariz mais técnico e específico que tem como função preparar os jovens para o seguimento dos estudos a nível universitário, ou para a sua inclusão numa via profissionalizante.
Professor – Pessoa que ensina algo a alguém. Profissão bastante considerada e respeitada nas sociedades desenvolvidas. Não confundir com a realidade Portuguesa em que o professor é um nómada sem direito a estabilidade profissional, reconhecimento social nem salário condizente com o seu estatuto.
Escola – Local onde é ministrado o saber e as competências essenciais ao correcto desenvolvimento pessoal, social e cognitivo dos alunos. Não confundir com a realidade Portuguesa em que as escolas são armazéns de miúdos onde professores e auxiliares de acção educativa têm que cuidar dos filhos dos papás, quando estes pensam que se educa uma criança enchendo-a de consolas, playstations, telemóveis de último modelo e roupas de marca.
Auxiliares de Acção Educativa – Profissionais que, nas escolas, auxiliam os professores na sua tarefa de formar pessoal, social e humanamente os alunos. Não confundir com a realidade Portuguesa em que os auxiliares de acção educativa são pessoas sem formação específica que, com contratos precários, salários miseráveis e diminutas hipóteses de progressão na carreira, lavam escadas, limpam casas de banho e cortam a relva das escolas.
EB 2,3 – Escolas que ministram os segundo e terceiro ciclos do ensino básico.
Reforma – Aquilo que a esmagadora maioria dos portugueses recebe depois de 35 anos de serviço ou 60 anos de idade. Excepção feita à Vossa gloriosa casta.
PSD – Também referido por alguns como PPD/PSD. Agência de empregos especializada em colocar as pessoas certas nos lugares errados e nos momentos mais inoportunos, como aliás se pode notar no Vosso caso.
Programa Informático – Software criado por técnicos especializados que, normalmente, é testado antes de adquirido. Quando manuseado por pessoas devidamente formadas para o efeito é bastante prático e poupa muito trabalho.
Manualmente – Com recurso à mão.
PS – Post Scriptum. É uma expressão latina que significa “ depois do que está escrito “. Não confundir com P.S. ( Partido Socialista ) que, apesar de não se notar, é o maior partido da oposição.

Mediatismo como necessidade de afirmaçao

Diariamente somos bombardeados por anúncios que representam uma boa parte da publicidade que é feita a todo o tipo de bens e serviços. A sua existência constitui o princípio de uma grande revolução que se dá na actual sociedade. Quando olhamos para esses cartazes vemos caras, modelos fotográficos, ou não, actores, ou não, talvez mais gente que procura a todo o custo ser alguém na sociedade. Pois é, já todos reparamos que, hoje em dia, é-se reconhecido não pelo bom ou mau trabalho que se faz, mas por se aparecer. Não interessa se se está a estudar medicina, por exemplo, mas sim se aparece na televisão, nas revistas, não se conhece nos dias de hoje um só adolescente, que não sonhe com o mundo da TV, do espectáculo, das revistas cor-de-rosa.
Não tenho nada contra quem anseia essa fama, se for pelo reconhecimento de um trabalho esforçado. Eu próprio conheço alguns exemplos bem sucedidos.
Pelo contrário condeno a conquista da fama e do mediatismo como forma de afirmação pessoal e social. Infelizmente é essa necessidade de afirmação que governa o país. O actual Primeiro-Ministro e o seu governo. Não há evento cultural ou desportivo que não conte com a participação especial de algum deles. Lembro-me, por exemplo, de uma noticia de abertura de jornal "Santana Lopes assiste ao concerto de Madona", ou de "Ministro do Turismo, anda de mota com um campeão de Motociclismo". Nada tenho contra que o 1º Ministro goste da Madona, mas isso não é certamente, uma notícia de abertura de jornal representativa da actividade do governo. Trata-se da afirmação do próprio governo.
A necessidade mediática de Santana Lopes já nos é bem cara, quem não se lembra dos cartazes da capital que faziam lembrar constantemente novas obras, ou pediam desculpa pelas obras na Rua da Madalena, é "para a rua ficar ainda mais bonita". Curioso é que nessa mesma rua apenas as fachadas foram arranjadas, o interior continua degradante. Afinal todos, a certa altura da nossa vida, usámos Clerasil?
Claro que as frequentes aparências nas revistas cor-de-rosa fazem ganhar eleições. Daí que o Santana não dispense de uma boa noitada, principalmente se tiver lá a Lux, a Flash e a Caras. Isto faz-me lembrar a famosa frase "falem bem, falem mal, não interessa, é preciso é que falem".
O mediatismo de Santana Lopes é barato, é rasca, é populista, em nada contribui para a credibilização do sistema político.

Mas os Media existem, é um mal, ou um bem necessário. Importa reconhecer o seu poder, a sua capacidade que tem de sugestão, a credibilidade que provoca na sociedade.
Fenómenos como os reality shows que se têm vindo a suceder de há dois a três anos a esta parte comprovam a teoria de que é mais importante aparecer-se porque se está "barricado" numa casa com câmaras em todo o lado, e microfones debaixo dos lençóis, do que se ser um bom profissional. Santana Lopes é exímio em promover a sua imagem através das revistas, das festas mais badaladas, de todos os meios de comunicação, mas é um péssimo governante.

Com este cenário importa jogar com a mesmas peças, mas de forma consciente, ponderada e coerente. Será possível jogar Xadrez com peças de Damas? Podemos jogar Xadrez no computador, no nível mais facil e publicitar as frequentes vitórias. Por outro lado podemos jogar com um adversário experiente e sermos reconhecidos porque ganhámos a um bom jogador. Com a política passa-se o mesmo. O nosso opositor é indubitavelmente a direita unida, e uma vez que jogam com mediatismo nós temos que aceitar as regras do jogo e enfrentar o adversário.

Falta eleger o jogador. Três perfilaram-se, mas um é sem duvida alguma o melhor a lidar com os media. Não se trata de expressão oral, ou de capacidade de esgrimir os melhores argumentos. Quem melhor conhece Santana Lopes, e o terreno que pisa do que o Eng. José Sócrates. Ninguém perdia os, apelidados "Marretas", aos Domingos à noite. A diferença é notória e estrutural, caracteriza-se pela noção de responsabilização que cada um tinha na altura e tem agora. Enquanto o Eng. Sócrates se preparava para o debate, procurando documentar-se o melhor possível, o outro limitava-se a rebater ou a salientar de memória os aspectos que considera relevantes. Não digo que eram debates fáceis, muito pelo contrário eram métodos diferentes, e ambos sabiam o terreno que pisavam. Daí que neste momento e dado o cenário apresentado Sócrates seja o melhor para combater a direita unida, protagonizada por Santana, além de outras muitas qualidades que fazem de si o melhor candidato a S.G. Limito-me a analisar o melhor perfil, uma vez que é essa a primeira questão que se coloca. Quem tem o melhor perfil?

Todos sabemos que a comunicação social tem uma grande influência na sociedade, ela existe e é sem dúvida uma ferramenta de promoção. Mas a promoção deve ser feita com a consciência de que ser está a influenciar alguém, de que há sempre um receptor, nem que seja somente um, caso contrário não se trataria de comunicação, esse receptor ouve e interpreta a mensagem. A mensagem deve traduzir um bom trabalho, uma atitude perante a sociedade. Não interessa aparecer apenas para aparecer, mas sim, aparecer porque se propõe algo de realmente importante e revolucionário.
Não interessa aparecer em todos os jornais porque se é problemático, porque se fala em questões que se sabe que vão aparecer. Apenas questões fracturantes não são o suficiente para conquistar mais eleitorado, não necessariamente só mais militantes.
É dever de uma estrutura como a nossa construir o seu próprio modo de agir e contribuir com o crescimento de uma sociedade mais justa e democrática. Não é a réplica de outras estruturas, aparentemente mais atraentes, que faz de nós melhores e politicamente mais atraentes. É, pelo contrário, a autenticidade que leva a essa conquista.

21.9.04

Colocação de Professores- A Vergonha Governamental

Custa aceitar, que adiamento atrás de adiamento, as colocações dos professores continuam a ser uma miragem.

É inaceitável, o que se está a passar...digno de um pais terceiro mundista

Mas de quem é afinal a responsabilidade?

Na realidade, esta ministra ocupa a cadeira há apenas dois meses, no entanto toda a sua responsabilidade politica (e refira-se...politica) deve ser assumida.
Mas importa também salientar ainda dois factores que devemos ter em conta. Um primeiro prende-se com a (ir)responsabilidade do anterior ministro, que já deveria ter assumido a sua quota parte de (ir)responsabilidade, afinal, não se pode, nunca ocupar cargos públicos, deixando legado ou pesada herança, sem assumir as responsabilidades das atitudes, ou falta delas, tomadas enquanto "servidores" da causa pública, sejam elas consequencias morais, materiais ou politicas.
O segundo factor, que importa também salietar, é que a alargada mudança governamental, não pode, pelos governantes actuais, ser assumida como um marco em cujas responsabilidades anteriores se esfumaram, muito pelo contrário, até porque tal atitude contrariava a estabilidade defendida pelos mesmos e pelo PR, para a manutenção desta maioria parlamentar que sustenta o governo.

Enfim...situações como estas são inaceitáveis e inadmissiveis e colocam, ou deveriam colocar em causa o próprio Governo e a sua continuidade, com uma "legitimidade politica" fraca por si só.

ps:Parece ironia mas é a triste realidade...Um país com 40% de professores no desemprego e escolas com falta de professores no inicio de um ano lectivo sucessivamente adiado


17.9.04

Debate sobre o barco da associação "Women on Waves " no PE

Igualdade de Oportunidades / Direitos da Mulher

Debate

"Para Lissy GRÖNER (PSE, DE), a acção das autoridades portuguesas de impedir a entrada do barco da WOW contrariou as regras do mercado interno, sendo um entrave à livre circulação. Por isso mesmo, perguntou ao Conselho e à Comissão o que tencionam fazer perante uma "clara quebra das regras". A deputada frisou que as excepções à liberdade de movimentos só se justificam por razões associadas à segurança ou à defesa da saúde. Neste caso, a única epidemia foi a do "livre pensamento"!"

"Claire GIBAULT (ALDE, FR) considerou a acção da WOW "um pouco provocadora na forma", mas legítima no seu conteúdo. A acção desta associação corresponde a dois direitos das mulheres que no seu entender são essenciais: o direito à saúde e o direito à dignidade, ambos protegidos na Carta dos Direitos Fundamentais da UE. Por isso mesmo exige uma tomada de posição "inequívoca e democrática" por parte da Comissão.
Intervenção da Comissão"


Intervenção da Comissão
"A Comissária Margot WALLSTRÖM informou os deputados que a Comissão tem accompanhado a situação do barco da WOW e referiu-se à decisão do tribunal de Coimbra de 06/09. Recordou depois os princípios do direito comunitário, frisando que os Tratados prevêem que os cidadãos da UE gozam do direito de livre no território de todos os Estados-Membros, direito esse consagrado no artigo 18º do Tratado CE. No entanto, são previstas algumas excepções a esse direito, nomeadamente quando estão em causa as políticas públicas, a segurança pública e a saúde. Mas, adiantou, mesmo nestes casos terão de ser respeitados os direitos fundamentais, a liberdade de expressão e o princípio da proporcionalidade. Em particular, há que respeitar a directiva 64/221/CEE. Apenas as doenças referidas no anexo dessa directiva poderão justificar uma recusa de entrada com base em razões de saúde pública. A directiva prevê igualmente que a pessoa a quem é recusada a entrada deve ser notificada das razões que estão na base da decisão. A Comissão, esclareceu, ainda não recebeu nenhuma queixa relacionada com este acidente por parte da WOW. No entanto, a Comissão irá contactar as autoridades portuguesas para obter mais informações sobre as situações hoje referidas pelos deputados."

"Lena EK (ALDE, SE) referiu-se aos casos de mulheres portuguesas condenadas a penas de prisão por terem praticado a IVG. No seu entender, Portugal não respeitou as quatro liberdades defendidas nos Tratados, nem aplicou o princípio da proporcionalidade. Por isso mesmo, a Comissão deve agir rapidamente."

"Jamila MADEIRA (PSE, PT) considerou que a primeira vitória do debate ficou expressa com a notícia de que a Comissão vai pedir explicações ao Governo português sobre este caso. Para a deputada, esta questão está sobretudo ligada a um grave problema de saúde pública, porque em Portugal "pelo menos " uma em cada quatro mulheres já fez um aborto clandestino. Dirigindo-se à Comissão, perguntou se esta sabe que o barco da WOW, apesar de ter sido permanentemente escoltado por corvetas de guerra, nunca foi visitado por nenhuma autoridade portuguesa, militar ou civil - não tendo sido apresentado nenhum pedido nesse sentido, para verificar in loco os potenciais perigos. Por outro lado, sabe a Comissão que toda a sustentação do ministro da defesa português deriva de recortes diversos dos meios de comunicação social e não da constatação de factos? "

Encerramento do debate

Na sua segunda intervenção em plenário, a Comissária Margot WALLSTRÖM informou que já manteve contactos informais com a REPER portuguesa em Bruxelas e que procurará agora obter informações mais pormenorizadas sobre os motivos exactos que levaram o Governo português a decidir a proibição da entrada do barco. Recordou, mais uma vez, que a legislação comunitária limita os poderes discricionários dos Estados-Membros para impedir a liberdade de circulação, mesmo quando são invocadas razões de saúde publica, de segurança e de política pública. Por outro lado, as liberdades fundamentais e o princípio da proporcionalidade devem ser sempre salvaguardados.

13.9.04

JS de Vila Real e Bragança preocupadas com futuro das SCUT's

COMUNICADO DE IMPRENSA

As Federações Distritais de Vila Real e Bragança da Juventude Socialista vêm por este meio manifestar a sua preocupação e completa discordância com as declarações feitas pelo Ministro das Obras Públicas, António Mexia, e pelo Primeiro-ministro relativamente ao fim das portagens virtuais nas SCUT’s do Interior.
Relembre-se que estas vias, uma dívida antiga do Governo central para com as populações do Interior, são um factor crucial para o desenvolvimento de regiões como Trás-os-Montes e Alto Douro, e a isenção de portagens é um factor de discriminação positiva indispensável para o desenvolvimento destas mesmas regiões.
A nosso ver, a ideia criar portagens nestas vias tendo como argumento "critérios de justiça e equidade" é ridícula, desonesta e revoltante. Se a justiça e equidade fossem critérios na construção de obras públicas, então, muito investimento teria que ser feito nos distritos do Interior antes que se lhes pudesse cobrar fosse o que fosse.
Outro aspecto que nos leva a discordar completamente desta ideia grotesca prende-se com o facto de não existirem vias alternativas às SCUT’s. Quem tem o mínimo conhecimento da obsoleta rede rodoviária do Interior não pode, honestamente, reconhecer a existência de qualquer via verdadeiramente alternativa (contrariamente ao que sucede no Litoral). Basta que vejamos que, em grande medida, é graças à rede rodoviária actual que se verifica o isolamento económico-social que há tantos anos afecta estas populações.
Urge que de uma vez por todas se ponha termo ao reinado dos tecnocratas que não tendo qualquer noção das realidades regionais governam de forma arrogante e autista. É importante relembrar que em pleno séc. XXI ainda não existe um único quilómetro de auto-estrada em toda a região de Trás-os-Montes e Alto Douro!
Resta-nos esperar que o Governo reveja a sua posição nesta matéria e não se decida pelo sufoco das regiões carenciadas do nosso país contribuindo dessa forma para o aumento das assimetrias entre o Interior e o Litoral.
Esperamos também que, relativamente a esta matéria, as Distritais de Vila Real e Bragança do PSD e da JSD não optem pelo caminho fácil do seguidismo político e se mantenha na defesa intransigente das nossas populações.

11.9.04

E agora Sr.Presidente da República Portuguesa?

Pois bem caros amigos.
A paciência tem limites, e sempre evitei pronunciar-me sobre o designado "Processo Casa Pia".
Contudo, acho que o limite do razoável, que se exige num estado de direito democrático está profundamente aquém das exigências minimas. O que acabo de descobrir nas páginas da internet,(depoimento integral, fotocopiado do Dr.Ferro Rodrigues) não pode mais uma vez ser tomado com o igual desdém que muitas outras atitudes, acrescento, igualmente de extrema gravidade têm conhecido.
Chega!Basta!
A cultura democrática não pode tolerar sistematicas violações, quer ao segredo de justiça, mas também á própria privacidade individual dos que colaboram com a justiça, de todos aqueles que injustamente foram investigados(a prova está, que muitos não foram constituidos arguidos), mas também no direito do próprio arguido, sempre inocente até prova em contrário e transitado em julgado.
Hoje não podemos mais tolerar tamanhas impunidades.
Tais violações constituem crime por si só e tem que haver responsáveis.
Será que o Sr. Presidente da República, continuará eternamente a manter a sua confiança no Procurador Geral da República?
Acho que é já tarde para agir...mas mais vale tarde do que nunca!A menos que o Governo, por motivos que me são alheios, continue a depositar confiança, num homem sem confiança, como é o SR. PGR e que, o SR. PR, contrariando tudo o que disse(a respeito das suas competências e autoridade) na tomada de posse deste executivo, continue a arrastar-se numa debilidade inaceitável perante um governo politicamente ilegitimo, cujo PR empossou, e que agora se lhe sobrpõe!

A justiça deve ser cega...a politica Não!

9.9.04

SE

Nos últimos tempos, tenho concordado com Pacheco Pereira, e desta vez (mais uma), vou citá-lo.
Atenção ao SE, final!
Também espero para ver, e estou até ansioso


"- O governo até hoje praticamente não governou, o que é, entre outras coisas, uma resultante da massa crítica de ministros e secretários de estado que não sabem nada das suas pastas. Porém, se se verificar que a nova Lei do Arrendamento muda – e essa mudança é a reaparição do mercado de arrendamento nas cidades, o único critério pelo qual se pode medir o alcance da lei para não ser cosmética – isso é mérito do governo que tomou uma medida necessária e corajosa. Se."

4.9.04

Em Vlia Real

Hoje estive em Vila Real numa acção de esclarecimento/campanha com José Sócrates!
Fiquei impressionado pela capacidade mobilizadora da Federação Distrital do PS Vila Real e do amigo Ascenso Simões, a quem dou, desde já os meus Parabéns.

1000 pessoas, sinceramente julgo nao serem o aparelho!!