15.6.05

Álvaro Cunhal

Há Homens que vivem por causas e se tornam referências.
Álvaro Cunhal é certamente um desses Homens. É com enorme respeito e profundo pesar que me curvo, perante a memória de um lutador anti-fascista. Um Homem recto e convicto, uma personalidade que foi capaz de criar ódios e paixões, mas foi em absoluto um lutador pela causa comunista.

Álvaro Cunhal, a figura de cabelos brancos e sobrancelhas vastas, olhar profundo e intrigante foi uma referência de muitos e a influência de outros tantos. É inquestionável a sua dedicação na luta anti-fascista na intransigente defesa do comunismo e do PCP. Inabalável nas suas convicções, mesmo com a queda do Muro de Berlim, até ao seu último suspiro.

Não me revejo politicamente em Álvaro Cunhal do pós 25 de Abril, mas sinto algum fascinio pela sua abnegação ao ideário comunista e tenho-o como referência incontornável da democracia em Portugal.

Portugal perdeu um lider incontornável da luta anti-fascista...ergue-se hoje o Mito (de quem nunca o quis ser) de um lider de um Homem culto que nos deixa também um legado literário. Um legado ficcionista onde não se quis abstrair nunca da sua condição natural de comunista.

Até sempre.

3 comentários:

Pedro Sá disse...

Nem no de antes de 25 de Abril. Certamente te esqueceste que ele apoiou a invasão soviética de Praha, por exemplo...

Anónimo disse...

Honrosas as tuas palavras a um líder incontornável da luta contra o fascismo! Mas porém nao li nenhum comentário acerca da partida do General Vasco. Homem de ideais e de firmes convicções! Há quem lhe chame radical. Mas, se lutar contra uma ditadura e contra o fascismo eu também sou radical!
Ete~rna será a memória da partida de dois homens que lutaram para que hoje pudessemos ser livres!
Até Sempre, Camaradas!

Bruno Veloso disse...

Vitor,

Efectivamente tens toda a razão, devia também tê-lo feito e falta de tempo ultimamente não deveria ser desculpa.
Mas espero em breve, se o tempo me permitir escrever algo sobre Vasco Gonçalves.

ps:Aliás (em nota de rodapé) um estimado comunista, ofereceu à minha mãe por altura do meu nascimento(1978) um livro "Companheiro Vasco" com uma dedicatória em que dizia que o objectivo de tal oferta era eu aprender quem foi o Companheiro Vasco!!