3.2.06

Aviso à Navegação

A Juventude Socialista é uma estrutura política de jovens. A sua história, com pouco mais de 30 anos, revela a importância e responsabilidade com que já interviu nos vários sectores da sociedade portuguesa.

É, portanto, uma estrutura que não pode remar sem rumo, não pode deixar de reconhecer os seus faróis e limitar-se a seguir os barcos que por ela passam.

Já não é de agora que a J.S. vem defendendo a legalização dos casamentos de homossexuais, entre outros temas igualmente importantes. Mas, não pode reagir em vez de agir com a responsabilidade que lhe compete, não pode limitar-se à reacção imediata porque lá atrás vem outro, porque um qualquer elemento exterior parece ameaçar o protagonismo.

O sucesso das várias iniciativas desta estrutura deve-se a acção, a um espirito de iniciativa que coloca toda a estrutura, em qualquer ponto do país, do Secretário Geral ao militante de base, a debater uma questão a participar na sua solução, a acreditar numa causa e a lutar por ela.

Aproveito para sugerir que esta grave questão que coloca em causa a igualdade entre seres seja tratada com a devida dignidade. Não é um mero argumento para mais protagonismo, muito menos para justificar actividade, menos ainda para justificar a necessidade de afirmação de alguém.

Proponho o lançamento de uma campanha que sensibilize o maior número de cidadãos portugueses, e obviamente aqueles que mais responsabilidades têm.
O Partido Socialista como partido que defende a igualdade, saberá certamente reconhecer o que se trata e motivar-se, também, para esclarecer esta situação, como já aconteceu noutras causas onde a JS foi pioneira.

Portugal não é diferente, nem melhor do que qualquer outro país se for o 5º mundial ou o 4º país da Europa a legalizar o casamento entre homossexuais. Será diferente e mais moderno se realmente compreender o que se trata, se ganhar maturidade suficiente para tratar todo e qualquer cidadão da mesma forma, sem piadas, sem gracinhas, sem reservas de consciência, sem exclusões e repressões.



Porque há mais marés que marinheiros, acredito que melhores dias viram.

2 comentários:

Anónimo disse...

É com imenso prazer que verifico que ainda existem militantes com coragem suficiente para escrever preto no branco o que pensam acerca desta matéria.

Concordo inteiramente contigo acerca desta questão e entendo que basta de cinismo e falsas moralidades.

Apesar de já não ser militante da estrutura (por excesso de idade claro...pois alma continua lá...) espero que esta seja uma medida a levar avante.

Um abraço,

Sandra Paulo

Pedro Sá disse...

Extremamente lúcido.